Saúde Corporativa
Síndrome de burnout nas empresas: como cuidar da saúde mental dos colaboradores
Natália Ribeiro
em
2 de mar. de 2023
Introdução
O mundo corporativo é caracterizado por uma rotina intensa, exigências constantes e prazos apertados. Essa realidade pode levar a diversos problemas de saúde mental, sendo a síndrome de burnout um dos mais comuns.
Neste artigo, abordaremos os principais aspectos da síndrome, como: definição, principais causas, estatísticas atualizadas, relação com outas doenças, além de apresentar ferramentas que podem ser aplicadas e implantadas no ambiente de trabalho para mitigar os riscos de desenvolvimento da síndrome.
Definição de burnout
A síndrome de burnout é um problema de saúde mental caracterizado pelo esgotamento emocional, despersonalização e diminuição da realização pessoal no ambiente de trabalho. Ela afeta muitos profissionais em todo o mundo e pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo depressão e ansiedade.
Principais causas
Existem diversas causas que podem levar ao desenvolvimento da síndrome em profissionais, as principais são:
Sobrecarga de trabalho
O profissional, ao receber uma grande quantidade de trabalho e tarefas ou metas que excedem sua capacidade de realização e entrega, pode se sentir estressado e sobrecarregado, levando-o ao esgotamento mental e emocional.
Falta de autonomia
Quando o profissional sente que não tem controle sobre seu trabalho ou que suas decisões não são respeitadas, pode se sentir desmotivado e desvalorizado.
Conflitos interpessoais
A saúde mental e o emocional podem ser comprometidos, quando há conflitos com colegas de trabalho ou superiores.
Ambiente de trabalho tóxico
Quando o ambiente de trabalho é hostil, cheio de intrigas e falsidade, pode haver esgotamento emocional e mental.
Estatísticas atualizadas no cenário brasileiro
No Brasil, a síndrome de burnout é um problema sério, que afeta muitos profissionais em diferentes setores da economia. No ranking mundial, estamos em 2º lugar de maior prevalência, perdendo apenas para o Japão.
Algumas pesquisas atualizadas, sobre o tema, incluem:
Uma pesquisa realizada em 2021 pela plataforma de recrutamento Catho, constatou que 72,6% dos profissionais brasileiros sofrem de burnout ou já sofreram em algum momento da carreira.
Outra pesquisa de 2021, realizada pela Robert Half, aponta que 89% dos líderes brasileiros dizem que a pandemia aumentou os níveis de estresse e ansiedade nas empresas.
Um estudo de 2020 realizado pela ISMA-BR (International Stress Management Association. no Brasil) mostrou que 80% dos profissionais brasileiros sofrem de estresse no trabalho e 32% apresentam sintomas de burnout.
Relação entre burnout, depressão e ansiedade
A síndrome de burnout pode levar ao desenvolvimento de outros problemas de saúde mental, como a depressão e a ansiedade. Quando o profissional se sente esgotado e desvalorizado no trabalho, isso pode afetar sua autoestima e autoconfiança, levando a problemas de saúde mental mais graves que vão requerer ajuda médica especializada.
A depressão, por exemplo, pode se manifestar como uma tristeza profunda e persistente, falta de energia e motivação, além de sentimentos de desesperança e desespero. Já a ansiedade pode se manifestar como preocupação excessiva, medo, irritabilidade, tensão muscular e insônia.
Como reduzir os riscos de burnout nas empresas
Para mitigar os riscos de desenvolvimento da síndrome de burnout e de problemas de saúde mental associados, as empresas podem implementar diversas ferramentas e estratégias. Algumas sugestões incluem:
· Oferecer treinamentos e capacitações aos profissionais, a fim de ajudá-los a lidar com o estresse e a pressão no trabalho.
· Promover uma cultura organizacional saudável e equilibrada, que incentive a colaboração, a comunicação e o bem-estar.
· Oferecer flexibilidade no trabalho, com horários menos rígidos, home office e alternativas que possibilitem uma melhor conciliação entre vida pessoal e profissional.
· Estimular a prática de atividade física e o cuidado com a saúde mental, oferecendo programas de bem-estar, espaços para relaxamento e momentos de pausa durante o expediente.
A importância da cultura organizacional equilibrada
A empresa que valoriza apenas o cumprimento de metas e objetivos, sem levar em consideração a saúde e o bem-estar de sua equipe, pode contribuir para um ambiente de trabalho tóxico e desmotivador, favorável ao desenvolvimento da síndrome de burnout.
O estresse e a pressão que os colaboradores estão submetidos para alcançar tais exigências é um fator relevante, especialmente quando são propostas metas inatingíveis ou quando o próprio colaborador não tem controle sobre os meios para atingi-las. Nesses casos, é importante que a empresa ofereça apoio e suporte, a fim de ajudá-los a lidar com essa carga de trabalho.
Difundir uma cultura organizacional saudável e equilibrada, baseada na saúde e bem-estar dos profissionais, incentivando a colaboração, a comunicação aberta, a flexibilidade e o cuidado com a saúde mental, cria um ambiente mais acolhedor e motivador, que pode propiciar proteção contra esse distúrbio.
Reconhecer e valorizar o esforço e o desempenho de seus profissionais, oferecendo feedback positivo e incentivo para o trabalho bem-feito, trará maior motivação e satisfação no trabalho, reduzindo os riscos de casos de burnout.
Conclusão
A síndrome de burnout é um problema sério que afeta muitos profissionais em todo o mundo, inclusive no Brasil. Para evitar que ela se desenvolva e desencadeie outros problemas de saúde mental, é fundamental que as empresas adotem medidas preventivas e ofereçam um ambiente de trabalho saudável e equilibrado para seus colaboradores.
Para a prevenção efetiva do burnout é fundamental que a empresa adote uma cultura organizacional saudável e equilibrada, que valorize a saúde e o bem-estar de seus colaboradores, ofereça apoio e suporte em momentos de estresse e pressão, reconheça e valorize seus esforços e realizações e que esteja atenta à saúde integral de cada colaborador.
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