Recursos Humanos

A importância da integração entre SESMT e RH

Natália Ribeiro

em

3 de jun. de 2024

Introdução

Atualmente, existe um consenso no mundo corporativo sobre o grau de prioridade que deve ser dado à saúde e ao bem-estar dos trabalhadores. Empresas que assumem esse compromisso, além de reconhecerem sua responsabilidade social e legal perante a sociedade, estão investindo em sua própria trajetória de sucesso.

Garantir um ambiente de trabalho seguro, saudável e produtivo implica, entre muitos outros fatores, estar em conformidade com a legislação trabalhista. E para que essas demandas sejam atendidas em sua completude, é fundamental que o setor de Recursos Humanos (RH) e a equipe do Serviço Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) trabalhem de forma integrada. Afinal, mesmo que tenham responsabilidades operacionais e estratégicas distintas, suas ações são direcionadas para um propósito comum: garantir saúde aos colaboradores.

Atribuições e responsabilidades do SESMT

O SESMT, determinado pela norma regulamentadora NR-4, tem como principais responsabilidades prevenir acidentes e doenças ocupacionais, e manter a organização em conformidade com a legislação trabalhista.  

Esse serviço pode ser formado pelos seguintes profissionais da área da Saúde e Segurança no Trabalho (SST):

  • Médico do Trabalho;

  • Engenheiro de Segurança do Trabalho;

  • Técnico de Segurança do Trabalho;

  • Enfermeiro do Trabalho;

  • Auxiliar ou Técnico em Enfermagem do Trabalho.

Nem toda empresa é obrigada a constituir um SESMT próprio e nem sempre uma equipe completa compõe esse serviço. Seu dimensionamento, bem como suas especificidades variam conforme a quantidade de funcionários e o grau de risco (GR) estipulado pela classificação da principal atividade econômica da empresa (CNAE).

Para poder cumprir com suas responsabilidades, o SESMT deve se atentar às seguintes atribuições:

  • Identificar e avaliar os riscos existentes nos ambientes de trabalho;

  • Trabalhar com medidas preventivas e corretivas para eliminar ou minimizar esses riscos;

  • Treinar e capacitar os membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA);

  • Promover programas de conscientização sobre a importância da prevenção de acidentes e doenças ocupacionais;

  • Preencher e assinar documentos relacionados à saúde ocupacional, como o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e o Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT);

  • Registrar e arquivar informações sobre acidentes e doenças ocupacionais;

  • Investigar e analisar esses dados para identificar maiores incidências e implementar medidas preventivas;

Os desafios não são poucos. Afinal, administrar de forma eficiente situações de risco, espaços de trabalho, procedimentos e pessoas requer mais do que expertise técnica!

Atribuições e responsabilidades do RH

O setor de Recursos Humanos desempenha um papel estratégico na gestão e desenvolvimento de pessoas dentro de uma organização. Por ser o grande responsável em administrar todos os processos relacionados aos funcionários, pode ser considerado o coração da organização. Afinal, é quem deve fornecer a eles suporte e recursos necessários para que possam impulsionar o crescimento e a produtividade da empresa.

Embora cada organização tenha tamanho, estrutura e necessidades específicas, aqui estão algumas das atribuições comuns desse setor:

  • Recrutar e selecionar novos talentos através de anúncios de emprego, entrevistas e avaliações de candidatos;

  • Promover treinamentos para desenvolver habilidades técnicas, interpessoais e de liderança;

  • Gerenciar a folha de pagamento, benefícios, férias, licenças médicas;

  • Desenvolver e administrar processos de avaliação de desempenho dos funcionários;

  • Resolver conflitos, sendo o mediador que busca soluções justas e imparciais para todas as partes envolvidas;

  • Garantir a conformidade da organização com as leis trabalhistas, bem como desenvolver e comunicar políticas internas;

  • Melhorar o clima organizacional promovendo a cultura e aumentar o engajamento do pessoal;

  • Gerenciar benefícios e compensações para que sejam competitivos e atrativos para os trabalhadores;

  • Analisar dados e métricas para decisões mais informadas.

Considerando as atribuições e responsabilidades do SESMT e do RH, é inegável o grau de complexidade de suas ações. São muitos os desafios que cada um tem por enfrentar, sobretudo quando não trabalham de forma integrada.

Desafios da falta de integração

Essa falta de integração afeta negativamente os processos administrativos e operacionais, e é nitidamente resultante da falta de comunicação entre os dois setores. Em consequência disso, grandes desafios emergem, entre eles estão:

  • Falha no processo de identificação e mitigação de riscos decorrentes de uma comunicação comprometida, expondo a segurança e saúde dos trabalhadores;

  • Falta de alinhamento nas políticas e procedimentos relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;

  • Falta de cooperação na implementação dessas políticas;

  • Dificuldade em garantir o cumprimento da legislação trabalhista;

  • Dificuldades para responder de forma eficaz a acidentes de trabalho;

  • Um clima organizacional negativo gerado pela instabilidade dos funcionários e, em consequência, diminuição da produtividade.

Esse cenário afeta diretamente a parte mais vulnerável da engrenagem produtiva: os colaboradores.

Estratégias de integração

Considerando os desafios apresentados, são sugeridas as seguintes estratégias práticas para tornar essa integração uma realidade dentro da organização:

  • Estabelecer canais de comunicação regulares para troca de informações relevantes sobre saúde, segurança e bem-estar dos trabalhadores.

  • Promover em colaboração treinamentos sobre saúde ocupacional, segurança no trabalho e legislação trabalhista.

  • Desenvolver políticas e procedimentos relacionados à saúde e segurança no trabalho de forma colaborativa, considerando as necessidades e exigências de ambas as áreas.

  • Incentivar a participação conjunta de representantes em comitês internos relacionados à saúde, segurança e qualidade de vida, como a CIPA.

  • Fazer inspeções periódicas conjuntas para identificar riscos ocupacionais, condições inadequadas de trabalho e possíveis melhorias.

  • Monitorar e analisar em conjunto indicadores de saúde e segurança no trabalho, utilizando dados para identificar tendências, pontos de atenção e oportunidades de melhoria.

  • Desenvolver em parceria programas de promoção à saúde e qualidade de vida no trabalho, visando prevenir doenças ocupacionais, reduzir o absenteísmo e promover o bem-estar dos colaboradores.

  • Incluir avaliações de saúde ocupacional e segurança no trabalho nos processos de contratação e desligamento de funcionários, garantindo que essas questões sejam consideradas desde o início do ciclo de trabalho.

  • Promover reuniões regulares entre as áreas para fornecer feedback sobre questões de saúde e segurança, além de avaliar a eficácia das ações implementadas e identificar áreas de melhoria contínua.

  • Reconhecer e recompensar a colaboração eficaz entre as áreas na promoção de um ambiente de trabalho seguro e saudável, incentivando o trabalho em equipe e a busca por resultados positivos para toda a organização.


Conclusão

A importância da integração do SESMT e do RH fica cada vez mais clara, não apenas como recurso para melhorar a gestão de riscos e a conformidade com a regulamentação aplicável, mas também para permitir que se reconheçam como parte integrante de uma engrenagem que funciona em prol de um mesmo princípio: proteger a saúde e a integridade física dos colaboradores e estabelecer um ambiente fértil para o desenvolvimento pessoal e profissional de todos na organização.

Segurança, saúde e gestão de pessoas são os pilares que determinarão uma base sólida para que qualquer organização alcance seu lugar de destaque no mundo do trabalho, desde que trabalhem juntos e com sinergia.

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