A importância do usuário e da finalidade de uso para o desenvolvimento de softwares: casos reais

Introdução

A tecnologia está cada vez mais inserida na rotina diária das pessoas. Os softwares são um bom exemplo disso. Nas empresas, esses recursos vêm transformando processos de negócios e criando soluções inovadoras. Em paralelo, os aplicativos têm encontrado no cidadão comum sua maior fonte de inspiração.

Conhecer as necessidades, interesses e expectativas do usuário bem como a finalidade do software é a chave no desenvolvimento de sistemas. É o que vai garantir que o software seja usado em todo seu potencial.

De um modo geral, o desenvolvimento de sistemas de softwares segue um processo padrão que envolve as seguintes etapas:

• Planejamento e análise de requisitos – momento em que todos os interessados colaboram no processo de coleta de informações necessárias sobre o que será construído. Isso inclui perfil do usuário, escopo e propósito do produto, riscos envolvidos, viabilidade, planejamento de cronograma e calendários, entre outros;

• Design – momento de desenhar o sistema e seus fluxos de trabalho: linguagem de programação a ser utilizada, arquitetura do sistema incluindo componentes de hardware, software, rede, armazenamento, segurança e interface, estrutura do banco de dados, workflows, entre outros;

• Desenvolvimento – momento de tradução do design e especificações do sistema em código executável. Desde a normatização e implementação do banco de dados, a codificação dos programas e rotinas e a integração ou não com sistemas existentes;

• Homologação/Testagem – etapa de validação do comportamento do sistema e identificação de possíveis problemas e falhas de segurança, utilizando um ambiente controlado simulando o funcionamento em produção. Essencial para uma entrega com excelência;

• Lançamento / Implantação – etapa final do desenvolvimento de sistemas, que envolve a instalação e configuração do software no ambiente de produção para que possa ser usado pelos usuários;

• Manutenção – essa fase é essencial para garantir que o software continue funcionando adequadamente ao longo do tempo. Isso inclui a correção de eventuais bugs, a atualização para acompanhar mudanças tecnológicas, a continuidade da infraestrutura aplicada, entre outros.

Conheça dois casos reais que ajudam compreender a íntima relação existente entre usuário, desenvolvimento de sistemas, finalidade do software.

1º Case: iFood                         

Imagine pedir sua comida favorita com apenas alguns toques no celular, e recebê-la quentinha em sua casa em poucos minutos. Essa é a experiência que o iFood oferece a milhões de usuários diariamente. Em 2011 nascia a Disk Cook, um simples guia de cardápios impresso com uma central telefônica para onde o cliente ligava e fazia seu pedido. Com o desejo de inovar,, migrou em 2012 para um modelo digital e revolucionou o mercado de delivery ao criar uma plataforma que conecta consumidores a restaurantes de forma rápida e eficiente. Essa transformação reposicionou a empresa no mercado, fazendo-a assumir sua nova e atual identidade.

Em parceria com a MBLabs, empresa de tecnologia especializada em desenvolvimento de aplicativos e afins, criaram e lançaram o site e o aplicativo para dispositivos móveis com sistema Android e IOS.

A migração para o modelo digital permitiu que o iFood criasse uma experiência personalizada para cada usuário, com recomendações de restaurantes, acompanhamento do pedido em tempo real e diversas opções de pagamento. Com milhões de pedidos realizados por mês, o iFood se tornou parte da rotina de milhões de pessoas, simplificando suas vidas e oferecendo uma ampla variedade de opções gastronômicas.

A empresa se expandiu rapidamente, provando ser um modelo de negócios com grande potencial de escalabilidade. Ganhando destaque no mercado, recebeu em 2013 investimentos do Grupo Movile, que tem hoje 100% de participação no negócio. Outro fato importante em sua trajetória foi a aquisição, em 2019, da startup Hekima, empresa de inteligência artificial, ciência de dados e big data, reafirmando seu DNA inovador e sua cultura de inovação aberta.

O foco constante na experiência do usuário é o que impulsiona a inovação no iFood. A empresa realiza pesquisas e coletas feedbacks dos usuários constantemente para identificar novas oportunidades de melhoria e garantir que o aplicativo atenda às suas necessidades de forma cada vez mais eficiente. Essa abordagem, combinada com investimentos em tecnologia de ponta, como inteligência artificial e big data, permite que o iFood ofereça um serviço cada vez mais completo e personalizado.

Atualmente a empresa conta com um hub próprio, o iFood Labs, responsável por sua conexão com o ecossistema de inovação, estimulando uma busca contínua por novas soluções digitais para entregar ao mundo.

O iFood atua hoje no delivery de comidas, bebidas, artigos de farmácia e de pet shop e vem incorporando robôs para ajudar na última etapa de entrega de pedidos (do elevador ao apartamento do cliente).

Sendo considerado líder em delivery na América Latina, o iFood é um dos melhores exemplos de sucesso do uso da tecnologia para a entrega de seus serviços ao consumidor final e em todas as suas etapas de expansão, inovação e crescimento da empresa.

2º Case: Engeko Engenharia      

A Engeko, empresa de Engenharia e Construção Civil Industrial, iniciou suas atividades de construção no setor automobilístico. Expandiu suas operações para a siderurgia e, atualmente, executa projetos também na indústria farmacêutica.

Fundada em 2007, conta hoje com cerca de 3.000 (três mil) colaboradores e opera em 14 estados do Brasil.

Com uma trajetória marcada por grandes desafios, consolidou-se no mercado como resultado da qualidade e consistência na prestação de serviços.

O fato de não ser do setor tecnológico e não usar a tecnologia como diferencial nos serviços prestados contribuiu para que a empresa adiasse investimentos em inovação tecnológica.  Porém, com a expansão de suas operações ela se viu obrigada a implantar sistemas para automatizar processos e digitalizar tarefas.

Com a descentralização das operações e o crescimento da equipe, a Engeko enfrentava desafios significativos no controle de afastamentos de colaboradores. A falta de um sistema integrado e automatizado para gerenciar esses afastamentos resultava em processos manuais, demorados e propensos a erros, além de dificultar a geração de relatórios precisos para tomada de decisão.

Diante desse cenário, a Medicina do Trabalho da Engeko, em parceria com a Heizen, decidiu desenvolver uma solução interna para automatizar e otimizar a gestão de afastamentos. A escolha por uma solução interna se justificava pela necessidade de um sistema altamente customizável, capaz de atender às especificidades da empresa e se integrar perfeitamente aos demais sistemas já utilizados.

O processo de desenvolvimento do dessa solução envolveu um profundo mapeamento dos processos existentes, a definição das funcionalidades essenciais e a escolha das tecnologias mais adequadas. A Heizen, com sua expertise em desenvolvimento de software, foi responsável por criar uma plataforma intuitiva e robusta, capaz de integrar informações de diferentes fontes e gerar relatórios personalizados.

Com a sua implementação, a Engeko obteve diversos benefícios, como a redução do tempo gasto com tarefas manuais, a melhoria da precisão dos dados, a otimização dos processos de comunicação entre os diversos setores envolvidos e a geração de relatórios mais completos e personalizados. Além disso, a construção de sua API permitiu a integração com outros sistemas, como o TOTVS RM / Fluig e o SOC, proporcionando uma visão mais completa e integrada dos dados da empresa e de seus colaboradores.

O Resultado: O MAIA, muito mais que um software, uma solução completa para a gestão de afastamentos.

O impacto positivo do novo sistema foi evidente na resolução dos problemas específicos enfrentados pela Engeko. A Heizen, enxergando o potencial escalável do software, decidiu transformá-lo em um software completo e acessível a outras empresas. Afinal, a gestão de afastamentos é um desafio comum a muitas empresas, impactando diretamente a produtividade, os custos e o bem-estar dos colaboradores.

O MAIA surge como a solução ideal para esse problema, oferecendo um conjunto completo de funcionalidades que simplificam e otimizam todos os processos envolvidos, permitindo acompanhar de perto tudo que envolve o afastamento dos colaboradores, como o uso de métricas que fornecem insights valiosos para tomada de decisões informadas e estratégicas.

Com o ele, as empresas podem acompanhar em tempo real o status de cada afastamento, gerar relatórios personalizados, integrar-se com outros sistemas e tomar decisões mais estratégicas baseadas em dados. Além disso, contribuir para a redução de custos, a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores e o cumprimento das obrigações legais.

A Engeko, assim como outras empresas, está cumprindo com o compromisso de responsabilidade social e legal perante a sociedade, assim como está investindo em sua própria trajetória de sucesso.

Com um mercado cada vez mais competitivo, a gestão eficiente dos recursos humanos é fundamental para o sucesso das empresas. O MAIA se posiciona como uma ferramenta estratégica para empresas que buscam estar à frente de seu tempo, afinal, colaboradores bem cuidados e acompanhados se sentem mais motivados e melhoram seu desempenho. Ao automatizar processos e otimizar tarefas o pessoal responsável pela gestão de pessoas nas empresas está podendo exercer funções de maior valor, traçando estratégias mais assertivas para reduzir faltas e prevenir a saúde e segurança dos colaboradores.

Conclusão

Os dois casos apresentados revelam perspectivas contrastantes sobre a natureza das soluções desenvolvidas. O aplicativo iFood, desenvolvido para o público final, aborda a entrega de seus serviços ao mercado, enquanto o MAIA, apesar de hoje ser um software oferecido ao mercado, surgiu de uma necessidade específica de uma empresa, com foco na automação e melhora de processos internos.